Análise do artigo referente a operação urbana na região da Água Branca em São Paulo
A região da Água Branca em São Paulo teve seu crescimento direcionado em torno da linha ferroviária existente, dessa forma essa centralidade determinou usos e conformações distintas na malha urbana adjacente: o uso residencial propiciou a formação de quadras com traçado e dimensões regulares, já o uso industrial induziu a formação de lotes e quadras de grandes dimensões. A área era constituída também por propriedades públicas e privadas com baixa ocupação.
Operação Urbana Água Branca. Mapa da área de atuação apresentada pela referência GEGRAN 1972
Fonte: Vitruvius
Operação Urbana Água Branca. Plano-Referência de Intervenção e Ordenação Urbanística. Vista de conjunto da área de atuação.
Fonte: Vitruvius
Operação Urbana Água Branca. Situação e condições de uso e ocupação da área
Fonte: Vitruvius
A desativação de boa parte dos galpões industriais, a partir da década de 60, com a sua transferência para regiões próximas à rodovia intensificou a formação de vazios urbanos na cidade e a desvalorização da região. O rio Tietê e a ferrovia passaram a se caracterizar como obstáculos ocasionando a fragmentação da malha urbana.
A Operação Urbana Consorciada Água Branca tem por objetivo, utilizar o rio Tietê e a ferrovia, como elementos indutores à renovação urbana, através da criação de diretrizes que possibilitem a despoluição do rio e a requalificação da linha férrea, integrando seu funcionamento as linhas de metrô. Também são prioridades da Operação: desenvolvimento de projeto paisagístico para a região do Tietê; aumento do potencial de uso e ocupação do solo nas proximidades da linha férrea; estabelecimento de diretrizes que estimulem a ocupação dos vazios urbanos; ampliação do sistema viário, com a priorização do transporte coletivo; definição de novos usos que sejam compatíveis com o local; melhoria do sistema de drenagem, ocasionado pela ocupação desordenada próxima ao Tietê.
Revisão da Operação Urbana Água Branca – Imagem Síntese. Maquete eletrônica: Marcelo Fonseca Ignatios
Fonte: Vitruvius
Revisão da Operação Urbana Água Branca – Imagem Síntese. Maquete eletrônica: Marcelo Fonseca Ignatios
Fonte: Vitruvius
Apesar das diretrizes estabelecidas há uma dificuldade na implantação da Operação devido a fatores característicos da região como: o zoneamento restritivo referente ao uso industrial, que desestimula a ocupação; as inundações, ocasionadas pelo rio Tietê; a dificuldade de integração de transporte de veículos e pedestres, devido à ferrovia; o mau estado de conservação dos imóveis próximos à ferrovia, que degradam o entorno; a ausência de integração do sistema viário, que prejudica a mobilidade.
Buscando promover melhor o desenvolvimento da região foram revistas as diretrizes e estabelecido como prioridades o desenvolvimento de um projeto urbanístico que estimule a diversidade de usos da região e o reparcelamento das quadras de uso industrial, favorecendo a acessibilidade, com a redução das suas dimensões. Mediante a obtenção de créditos pelo poder público da venda de m² da área delimitada, serão custeadas as obras de infra-estrutura urbana previstas pela Operação.
Essa operação é mais bem aceita pela sociedade, pelo fato de ter sido feito um estudo mais aprofundado das características específicas da região contribuindo para a mobilidade, com a integração dos sistemas de transportes; acessibilidade, com o reparcelamento das quadras de uso industrial e para a requalificação de seus espaços urbanos sob os aspectos paisagístico, com a requalificação do Tietê e histórico/cultural com o incentivo a recuperação de edificações históricas degradadas.
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