domingo, 29 de maio de 2011

Entrevista - Análise do Bairro Lagoinha











Análise dos resultados obtidos

 Em análise ao resultado percebe-se que uma parcela insignificante da população optaria pela utilização de meios de transportes não motorizados para acesso ao bairro Lagoinha. Um motivo que pode ser atribuído a esse fator é devido ao reduzido número de intervenções realizadas na área que priorizem o pedestre.
O transporte individual é o mais utilizado para acesso a Lagoinha, isso deve-se ao maior investimento na construção de viadutos e ao conforto oferecido aos seus usuários, quando comparado ao transporte coletivo. O investimento em corredores viários no bairro Lagoinha apesar de ter contribuído para a realização dos deslocamentos diários ainda não contempla soluções que priorizem o modo coletivo de transporte.
O aluguel de imóveis no bairro Lagoinha acentua-se de forma significativa devido ao seu baixo custo e a proximidade e fácil acesso a região central da cidade. A opção de moradia apresenta número reduzido devido à falta de investimentos direcionados a uma melhor qualidade de vida da população residente.
A insegurança é um dos fatores que mais preocupam quem anda pela Lagoinha, apesar da importante conexão estabelecida pela passarela existente, que conecta o bairro ao centro da cidade, a situação de abandono apresentada pelo local torna o percurso a pé perigoso.
A situação de decadência da região da Lagoinha influencia negativamente no bairro, antes caracterizado pela diversificação de usos, hoje é mais utilizado como local de passagem e a trabalho, devido ao predomínio, ainda que reduzido, de estabelecimentos comerciais próximos a avenida Presidente Antônio Carlos.
O bairro Lagoinha apresenta um grande número de casarios classificados como patrimônios de Belo Horizonte, no entanto, muitos deles encontram-se abandonadas e em péssimo estado de conservação. Em razão da desvalorização da região, a deteriorização das edificações torna-se uma característica predominante em relação a sua importância histórica, na maioria das vezes elas passam despercebidas pelos transeuntes ou frequentadores do bairro que desconhecem sua história.
Em análise aos dados obtidos, a Linha Verde no bairro Lagoinha teve como maior contribuição a facilidade nos deslocamentos diários, apesar de contribuir para uma melhoria na qualidade dos transportes coletivos ainda não apresenta eficiência quanto a mobilidade urbana, por não solucionar os problemas de congestionamentos.
O bairro Lagoinha, antigamente caracterizado como um importante centro comercial, hoje é praticamente desconhecido, as pessoas que frequentam a região o caracterizam mais como um comércio local.
O Complexo Viário da Lagoinha é avaliado pelo público entrevistado como uma importante conexão viária, isso se deve ao fato de configurar-se como um dos principais eixos de acesso em Belo Horizonte.
Os principais elementos referencias no bairro Lagoinha, na opinião dos entrevistados foram o Complexo Viário da Lagoinha e o Conjunto Habitacional IAPI, pode-se atribuir como causas dessa avaliação a localização desses elementos, próximo a Avenida Antônio Carlos, que apresenta um intenso movimento e aos impactos causados pelos mesmos no espaço urbano.
Em relação ao posicionamento dos entrevistados sobre a necessidade de desapropriação para ampliações viárias, as opiniões dividem-se entre os que são favoráveis, desde que os mesmos recebam uma indenização justa ou um local adequado para morar e os que são contra devido aos impactos negativos ocasionados no bairro como a insegurança e a desertificação da área.

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